Cientistas querem trazer de volta 22 animais extintos
Embora questões técnicas e éticas ainda permeiem o objetivo, estudiosos
podem estar a um passo de recriar mamutes, tigres- dentes-de-sabre e o
amistoso Dodô — não, dinossauros não entram na lista.
Durante uma edição recente da conferência TEDx em Washington D.C., alguns cientistas discutiram a possibilidade de trazer de volta vários animais hoje extintos. O processo, denominado “de-exctinction”, também tratou de questões relacionadas ao processo e à necessidade de se reviver tais animais — além dos inevitáveis desdobramentos éticos envolvidos.
No que se refere ao “como” da complexa questão, entretanto, a edição mais recente da revista National Geographic destacou um processo relativamente simples — não muito distinto do que já se viu em inúmeras obras de ficção e tentativas desastradas.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
Trata-se de colher amostras de DNA que, posteriormente, reconstruirão genomas completos, os quais são injetados em células embrionárias desprovidas de DNA próprio. O último passo seria encontrar um substituto para gestar o animal recriado.
A criatura, entretanto, viveu por apenas 10 minutos. Isso levantou algumas questões, naturalmente. Entre elas: como os cientistas podem obter amostras suficientemente íntegras de DNA para recriar um animal extinto? Isso além do óbvio: por que isso é realmente necessário?
Na verdade, a escolha das criaturas que podem ser trazidas novamente à vida deve respeitar alguns critérios, tais como: o animal tem função ecológica importante ou é “amado” por seres humanos? É possível colher uma boa amostra de DNA ou de células germinativas para a reprodução? É possível reintegrar determinada espécie à natureza — o seu habitat original ainda está disponível? São conhecidos os motivos que levaram à extinção?
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
Mesmo de acordo com esses critérios, há ainda uma lista relativamente longa de candidatos prováveis. Naturalmente, os custos do processo devem ser nada menos do que astronômicos — permeando tanto a recriação em laboratório quanto a gestação e os cuidados posteriores.
A esperança? Que a possibilidade de contar com um tigre-dentes-de-sabre ou com um mamute em seu zoológico faça surgir duas belas cifras ($$) nos olhos de alguns investidores. Confira alguns dos candidatos abaixo.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
O inconfundível tigre-dentes-de-sabre encontra-se na lista dos pesquisadores. O chamado “Smilodon” desapareceu da terra há aproximadamente 10 mil anos, em decorrência das alterações climáticas da última era glacial.
O mastodonte é um “parente” relativamente próximo do elefante. O animal viveu nas Américas do Norte e Central há aproximadamente 12 mil anos.
Há uma facilidade extra para recriar o icônico mamute-lanoso — aquele mesmo, o da Era do Gelo. Os cientistas conseguiram encontrar várias carcaças congeladas do animal, por meio das quais foi possível ter acesso a amostras de DNA relativamente bem preservadas. Os mamutes habitavam a Ilha de Wrangel, no Oceano Ártico, há 4 mil anos.
O dodô é normalmente associado à ideia de uma ave estúpida, pouco afeita a se proteger de agressores. Bem, isso é fato. Entretanto, justiça seja feita: o dodô desenvolveu semelhante comportamento por conta da mais completa falta de predadores na Ilha Maurício. Dessa forma, quando os seres humanos chegaram ao local, foi fácil utilizar o amistoso animal como recheio para lancheiras.
Eis aqui uma genuína “vítima da moda”. O último exemplar da espécie desapareceu em 1904, na Flórida. Entre as inúmeras razões elencadas para justificar o desaparecimento, aparecem certa predileção da indústria de chapéus para madames da época — que adoravam ornamentar seus modelos com as penas coloridas do periquito-da-carolina.
Durante uma edição recente da conferência TEDx em Washington D.C., alguns cientistas discutiram a possibilidade de trazer de volta vários animais hoje extintos. O processo, denominado “de-exctinction”, também tratou de questões relacionadas ao processo e à necessidade de se reviver tais animais — além dos inevitáveis desdobramentos éticos envolvidos.
No que se refere ao “como” da complexa questão, entretanto, a edição mais recente da revista National Geographic destacou um processo relativamente simples — não muito distinto do que já se viu em inúmeras obras de ficção e tentativas desastradas.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
Trata-se de colher amostras de DNA que, posteriormente, reconstruirão genomas completos, os quais são injetados em células embrionárias desprovidas de DNA próprio. O último passo seria encontrar um substituto para gestar o animal recriado.
Uma cabra selvagem que virou história
De acordo com o que reportou o jornal The Washington Post, trazer um animal desaparecido de volta à vida não é algo propriamente inédito. Na verdade, ao que parece, alguns cientistas franceses já conseguiram a proeza, trazendo dos registros históricos da biologia uma cabra selvagem há muito extinta.A criatura, entretanto, viveu por apenas 10 minutos. Isso levantou algumas questões, naturalmente. Entre elas: como os cientistas podem obter amostras suficientemente íntegras de DNA para recriar um animal extinto? Isso além do óbvio: por que isso é realmente necessário?
Nada de dinossauros
Ao que parece, o DNA de qualquer criatura desaparecida tem certo “prazo de validade”, digamos. Isso exclui dos objetivos atuais, por exemplo, os dinossauros — cuja onipresença deve se restringir mesmo aos filmes. Segundo os estudiosos, o DNA dessas criaturas se degradou há muito tempo, de maneira que seria impossível reconstruir todo o genoma.Na verdade, a escolha das criaturas que podem ser trazidas novamente à vida deve respeitar alguns critérios, tais como: o animal tem função ecológica importante ou é “amado” por seres humanos? É possível colher uma boa amostra de DNA ou de células germinativas para a reprodução? É possível reintegrar determinada espécie à natureza — o seu habitat original ainda está disponível? São conhecidos os motivos que levaram à extinção?
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
Mesmo de acordo com esses critérios, há ainda uma lista relativamente longa de candidatos prováveis. Naturalmente, os custos do processo devem ser nada menos do que astronômicos — permeando tanto a recriação em laboratório quanto a gestação e os cuidados posteriores.
A esperança? Que a possibilidade de contar com um tigre-dentes-de-sabre ou com um mamute em seu zoológico faça surgir duas belas cifras ($$) nos olhos de alguns investidores. Confira alguns dos candidatos abaixo.
Tigre dentes-de-sabre
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
O inconfundível tigre-dentes-de-sabre encontra-se na lista dos pesquisadores. O chamado “Smilodon” desapareceu da terra há aproximadamente 10 mil anos, em decorrência das alterações climáticas da última era glacial.
Mastodonte
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia CommonsO mastodonte é um “parente” relativamente próximo do elefante. O animal viveu nas Américas do Norte e Central há aproximadamente 12 mil anos.
Mamute-lanoso
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia CommonsHá uma facilidade extra para recriar o icônico mamute-lanoso — aquele mesmo, o da Era do Gelo. Os cientistas conseguiram encontrar várias carcaças congeladas do animal, por meio das quais foi possível ter acesso a amostras de DNA relativamente bem preservadas. Os mamutes habitavam a Ilha de Wrangel, no Oceano Ártico, há 4 mil anos.
Dodô
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia CommonsO dodô é normalmente associado à ideia de uma ave estúpida, pouco afeita a se proteger de agressores. Bem, isso é fato. Entretanto, justiça seja feita: o dodô desenvolveu semelhante comportamento por conta da mais completa falta de predadores na Ilha Maurício. Dessa forma, quando os seres humanos chegaram ao local, foi fácil utilizar o amistoso animal como recheio para lancheiras.
Periquito-da-carolina
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia CommonsEis aqui uma genuína “vítima da moda”. O último exemplar da espécie desapareceu em 1904, na Flórida. Entre as inúmeras razões elencadas para justificar o desaparecimento, aparecem certa predileção da indústria de chapéus para madames da época — que adoravam ornamentar seus modelos com as penas coloridas do periquito-da-carolina.